Um novo outono chega
Mas nunca como as estações que passaram
O mundo gira, as pessoas caminham
Mas não no caminho que deveriam
Os feriados preenchem o vazio
As programações substituem problemas
A barriga empurra o que não querem ver
E os corações cegos vivem enganados e felizes
O tempo corre
Numa corrida que leva tempo
O que parece durar muito
Acontece quase em um segundo
E aqui estamos, ainda orgulhosos
Aos montes, sábios ignorantes
Nós nascidos arautos divinos
Ao invés da paz, proclamamos da guerra o hino
Covardes que preferem o escuro
O oco e o estorvo
Lutam por si só, contra eles mesmos
Do pecado e da carne o apego
Por mais que a solidão nos pese
Nessa veste nada sutil
Nos alegramos com o pouco
Que pouco aos nossos olhos são como mil
Nos alegremos com toda a luz
Que abastece nossa vida linda
Tola existência transitória
Que do aprendizado a paz suplica
Ilusão da matéria grosseira
Nos cerca, nos banha e ilude
Não precisa a vida de veste
Se enganado é, o enganado não julgue
07/04/09 Luciano R.C.V.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário